Os 8 meses da Pipoquinha
Na sexta-feira passada, a nossa pipoquinha fez 8 mesinhos. Quando me coloco a pensar vejo que o tempo passa mesmo a correr e por vezes fico em pânico com medo de perder alguma coisa da vida da nossa bebécas, tal não é a velocidade com que este avança.
8 meses já! Como é possível? Ainda "ontem" a sentia a rebolar dentro de mim e agora corre-me a sala a rebolar.
Não foi uma semana fácil porque a nossa menina esteve com febre, tivemos de chamar o médico cá a casa e a nossa princesinha está com uma otite. Notei bastantes melhorias, assim que começou a tomar o antibiótico, voltou a ser a nossa menina bem disposta.
Para comemorarmos os seus 8 mesitos, tínhamos marcado passar o fim-de-semana fora em família e comentei isso com os meus pais, que quase de imediato, disseram: "Vocês vão só os dois, nós ficamos com ela porque vocês precisam dos vossos momentos a sós". Apesar de ser tão verdade, nunca me tinha passado pela cabeça deixá-la com ninguém, mas em conversa com o João, acabamos por decidir que era importante para nós e então ficou com os meus pais. E assim foi!
No sábado lá fomos nós. Sabia que ela estava super bem entregue, melhor não estaria, mas o meu coração estava apertadinho de mais, parecia que até que me provocava dor. Foi a primeira noite que passei sem ela e ela sem mim, tinha as minhas preocupações: como é que ela se iria portar? E a maminha? Iria ela adormecer sem a ela? E se acordasse com fominha a meio da noite e quisesse mamar e o aconchego da mamã?
Na realidade, todas estas questões que me passavam na cabeça, eram de fácil resolução, mas eu é que estava a sentir-me vazia sem ela, faltava-me a minha filhota no colo. No entanto, tentei abstrair-me, apesar de ter enviado milhentas mensagens à minha mãe a saber dela e a relembrar de tudo e mais alguma coisa.
Estávamos só os 2 e claro que aproveitamos para namorar muito e usufruir de tudo. Fomos ainda sair à noite (já nem me lembrava da última vez que o tinha feito) e confesso que me soube pela vida.
Claro que antes de me deitar tive de tirar leite com a bomba, dormi a noite toda seguidinha e de manhã voltei a sentir-me com o colo vazio e a precisar novamente dela junto a mim.
Tomamos o nosso pequeno-almoço, arrumamos as nossas coisas e voltamos para casa. Estive apenas uma noite longe dela e as saudades que eu senti foram gigantes, parece impossível, mas é a mais pura verdade. Senti imensa falta e saudades dela!
Assim que cheguei a casa, agarrei-me a ela e não a larguei mais. Metia logo a mamar e senti-me tão feliz, já tinha novamente o meu colo preenchido, já estava completa. Os meus pais só diziam como ela se tinha portado tão bem e quão abençoados nós eramos: e isso eu já sabia!
Claro que me soube bem a mim e ao João aquele fim-de-semana só para nós, só que apesar de já não termos dúvidas, serviu para termos a certeza de que já não sabemos, nem conseguimos viver sem ela. Estes momentos a dois são demasiado importantes e devem mesmo ser vividos assim a dois, as forças restabelecidas e a nossa relação fortalecida. No entanto, tenho cá para mim, que num próximo fim-de-semana, ela irá connosco.